quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Assista à apresentação do projeto "Viver bem é viver com saúde"



Este projeto foi desenvolvido para ser aplicado em turmas do ensino fundamental da E.M.E.F. Leônidas Santiago, João Pessoa-PB, visando amenizar os problemas relacionados à sexualidade precoce, sem informação e sem proteção por parte dos adolescentes. Infelizmente, problemas como a gravidez na adolescência ainda acontecem hoje em dia, mesmo com tantos métodos contraceptivos existentes no mercado. Junto com a gravidez também vem as DSTs que acometem os jovens cada vez mais cedo. Como professora, sinto-me no dever de contribuir com o desenvolvimento intelectual dos meus alunos, oferecendo-lhes meios para que possam se informar e ter uma melhor qualidade de vida. 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Viver bem é viver com saúde


TEMA: Doenças Sexualmente Transmissíveis


TÍTULO: Viver bem é viver com saúde















1-    DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA (TEÓRICO E/OU PRÁTICO):

A escola é de convivência e interação de diversas pessoas. Dessa forma, ela deve estar sempre atenta aos aspectos particulares da vida de seu alunado. Atualmente, o número de jovens que entrar na vida sexual antes do momento adequado, está cada vez maior. É por essa razão que a escola deve se organizar para orientar esses adolescentes sobre os riscos que estão expostos numa relação sexual precoce: gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, traumas sexuais devido à falta de experiência para se escolher um parceiro etc.
Sendo assim, cumprindo a função social da escola que é formar cidadãos conscientes, críticos e atuantes em prol do desenvolvimento social, projetos como este, devem ser desenvolvidos e colocados em prática nas escolas de todo o país.


2-    OBJETIVO PRINCIPAL:

O presente projeto visa informar e conscientizar os adolescentes da existência das doenças sexualmente transmissíveis e dos perigos oriundos de uma relação sexual sem prevenção.


3-    OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

·         Conhecer os diversos tipos de DSTs existentes;
·         Conscientização sobre os métodos contraceptivos;
·         Transformar o aluno num ser consciente dos perigos de uma relação sexual precoce e/ou sem prevenção


4-    CONTEÚDOS CURRICULARES E DISCIPLINARES ENVOLVIDAS

  • Saúde (tema transversal) – Disciplinas: Ciências e Português
  • Gêneros textuais (notícia, depoimentos, música, poemas, peças teatrais etc), abordando o tema DST. Disciplina: Português


5-    PLANO DE AÇÕES

Ação 1

Descrição: pesquisa em grupo, no laboratório de informática,  para conhecer os diversos tipos de DSTs existentes.

Tempo previsto: 90 min. (2 aulas)

Atores envolvidos: Alunos, professores e monitor de informática.

Subproduto: Seminários em grupo, onde os alunos deverão apresentar os resultados de suas pesquisas na internet.

Ação 2

Descrição: Apresentação dos métodos contraceptivos existentes, suas características e adequação à prática sexual; demonstração do modo de uso.

Tempo previsto: 180 min (4 aulas)

Atores envolvidos: Professores de Ciências e Português; alunos; monitor de informática.

Subproduto: Palestra e debate. As mídias utilizadas poderão ser o data show, cd-rw, microfone e internet.

Ação 3

Descrição: Focalizar dois grandes problemas relacionados à sexualidade: Gravidez na adolescência e Aids.

Tempo previsto: 180 min (4 aulas)

Atores envolvidos: professores de Ciências e de Português; alunos.


Ação 4

Descrição: O presente projeto poderá ser desenvolvido no início do ano letivo e ao longo do ano deverá ser enriquecido sempre com visitas periódicas palestrantes como: conselheiros tutelares, profissionais da área da saúde, entidades religiosas, psicólogos, assistentes sociais etc.

Tempo previsto: todo o ano letivo

Atores envolvidos: todos que fazem parte da escola: professores, alunos, equipe técnica e principalmente a família.




6-    TEMPO TOTAL DE REALIZAÇÃO DO PROJETO:
O projeto será realizado no início do primeiro semestre e reforçado até o final do ano letivo.

7-    MATERIAL E SUPORTE NECESSÁRIO

Serão utilizados na realização do projeto: TV, Data-show, microfone, cartazes, vídeos, músicas, poemas, fotos, depoimentos escritos e/ou narrados, cd-rw etc.

8-    FONTES DE PESQUISA

Internet, livros, revistas, jornais, entrevistas, documentários que abordem o tema do projeto.


9-FORMA(S) DE AVALIAÇÃO:

A-   AO LONGO DO PROJETO:

O aluno será avaliado continuamente verificando-se sua participação nas atividades previstas como apresentação de seminário e participação nos debates.

B-   AO FINAL DO PROJETO:

Ao final do projeto o aluno deverá demonstrar os conhecimentos necessários sobre os tipos de DSTs mais comuns e suas formas de contágio e também prevenção. Terá que ter consciência de como e porque se prevenir nas relações sexuais. Saber da importância de se escolher o momento certo e selecionar parceiro para a primeira relação sexual. Ter consciência de que uma relação sexual é algo bastante íntimo e que deve ser feita com amor e prevenção.
Esses conhecimentos poderão ser apresentados através de peças teatrais que deverão ser exibidas para toda a comunidade escolar.



REFERÊNCIAS:

TORRES, Sueli. Uma função social da Escola. http://www.fundacaoromi.org.br /homesite/news.asp?news=775. Capturado em 06/07/2010.


COSCARELLI, Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998. 152p.


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não às drogas, sim à vida!

Não às drogas, sim à vida!


TEMA: Drogas

TÍTULO: Não às drogas, sim à vida!

1-    DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA (TEÓRICO E/OU PRÁTICO):

Segundo Torres (2006):

A escola é um local que visa a inserção do cidadão na sociedade, através da inter relação pessoal e da capacitação para atuar no grupo que convive....ajudar a formar...a ajuda que se recebe da escola, através do professor é fruto das qualidades pessoais, as características de seus alunos, as especificidades de sua disciplina e os recursos disponíveis na escola.

Diante do sério problema que o país vem enfrentando com relação ao aumento do consumo de drogas por parte de adolescentes em idade escolar, observamos a necessidade urgente de se trabalhar no combate a essa epidemia nacional. A escola tem como função social, formar cidadãos criativos, interativos e capazes de discernir sobre o que é produtivo ou destrutivo para o seu próprio bem e para uma boa convivência social.

2-    OBJETIVO PRINCIPAL:

Para fazer valer a função social da escola é que se pretende realizar este projeto de combate ao uso das drogas. Através deste trabalho o adolescente deverá conhecer sobre os diversos tipos de drogas como também os malefícios causados por elas. Dessa forma, aprenderá como se prevenir desse grande mal pessoal e social.


3-    OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

·         Conhecer os diversos tipos de drogas existentes;
·         Conscientização sobre os malefícios das drogas para o organismo como um todo;
·         Prevenção contra o uso posterior de drogas, seja ela lícita ou ilícita;
·         Transformar o aluno num disseminador do combate às drogas.


4-    CONTEÚDOS CURRICULARES E DISCIPLINARES ENVOLVIDAS

  • Sistema nervoso ( Disciplina: Ciências)
  • Saúde (tema transversal)
  • Gêneros textuais ( notícia, depoimentos, música, poemas, peças teatrais etc), abordando o tema “Drogas”


5-    PLANO DE AÇÕES

Ação 1

Descrição: pesquisa em grupo, no laboratório de informática,  para conhecer os diversos tipos de drogas existentes.

Tempo previsto: 90 min. (2 aulas)

Atores envolvidos: Alunos, professores e monitor de informática.

Subproduto: Seminários em grupo, onde os alunos deverão apresentar o resultados de suas pesquisas na internet.

Ação 2

Descrição: Apresentação dos malefícios causados pelas drogas no sistema nervoso e doenças derivadas do uso contínuo desses entorpecentes.

Tempo previsto: 180 min (4 aulas)

Atores envolvidos: Professor de Ciências, alunos e monitor de informática

Subproduto: Palestra e debate. As mídias utilizadas poderão ser o data show, cd-rw, microfone e internet.

Ação 3

Descrição: Prevenção ao uso das drogas através da prática de esportes, dança, teatro, palestras para alunos e familiares realizadas por profissionais da área de saúde (médicos, psicólogos, assistentes sociais), da área jurídica e religiosa.

Tempo previsto: todo o ano letivo

Atores envolvidos: professores, alunos, família, entidades sociais e religiosas.


6-    TEMPO TOTAL DE REALIZAÇÃO DO PROJETO:
O projeto será realizado durante todo o ano letivo.

7-    MATERIAL E SUPORTE NECESSÁRIO

Serão utilizados na realização do projeto: TV, Data-show, microfone, cartazes, vídeos, músicas, poemas, fotos, depoimentos escritos e/ou narrados, cd-rw etc.

8-    FONTES DE PESQUISA

Internet, livros, revistas, jornais, entrevistas, documentários que abordem o tema do projeto.


9-FORMA(S) DE AVALIAÇÃO:

A-   AO LONGO DO PROJETO:

O aluno será avaliado continuamente verificando-se sua participação nas atividades previstas como apresentação de seminário e participação nos debates.

B-   AO FINAL DO PROJETO:

Ao final do projeto o aluno deverá demonstrar os conhecimentos necessários sobre os tipos de drogas mais comuns, seus malefícios tanto para o organismo como o mal que elas causam para a sociedade como um todo. Terá que ter consciência de como e porque não usar as drogas. Esses conhecimentos poderão ser apresentados através de peças teatrais que deverão ser exibidas para toda a comunidade escolar.



REFERÊNCIAS:

TORRES, Sueli. Uma função social da Escola. http://www.fundacaoromi.org.br /homesite/news.asp?news=775. Capturado em 06/07/2010.


COSCARELLI, Carla Viana. Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. tradução Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artmed, 1998. 152p.

Autora: Flávia Sirino

domingo, 8 de agosto de 2010

Como estimular na criança o gosto pela leitura?

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Como formar leitores? Eis a questão!!!

A resposta para este questionamento é simples de responder, porém nem todos querem ver. Para despertar o prazer da leitura em nossas crianças temos que simplesmente ler, ler e ler para elas. Este ato é na verdade um ato de amor, pois muitos professores, e pais também, se dizem ocupados demais em suas atividades que acham que disponibilizar um tempo diário para ler para as crianças é desperdício. “Se sabem ler, que leiam sozinhos”. Não é bem assim que deve ser. É preciso que a criança tenha o encaminhamento de um adulto e que esse adulto seja também um leitor. Não se pode ensinar o que não se sabe. Um adulto que vê a leitura como algo maçante, cansativo, não pode ensinar a uma criança a maravilha que é a leitura.
Infelizmente, como Rubem Alves bem disse em sua crônica “Ler e prazer”, a escola não está cumprindo uma de suas funções mais importantes que é despertar no aluno o gosto pela leitura. Para a escola a leitura geralmente está associada a atividades quantitativas, para nota, e daí o aluno tem que ler livros que não se identifica só porque o professor “mandou”, porque “vai cair na prova”, enfim, porque é forçado.
É preciso rever esta questão em torno da leitura. Sabemos que um dos grandes problemas que a escola enfrenta é a dificuldade que os alunos sentem para escrever bem. O que será que está errado com o ensino de português nas escolas? Por que os alunos não estão aprendendo a escrever corretamente? Por que acham as aulas de português chatas e sem sentido? A resposta é: gramática não ensina ninguém a escrever e interpretar bem. Essa habilidade só se adquire lendo, lendo sempre e de tudo um pouco.
É essa a principal lição que deve ser enfatizada na escola e repassada para a família,  para que haja também um incentivo à leitura por parte dos pais, em casa. Está mais que comprovado que crianças que têm pais leitores, pais que liam para elas desde cedo, antes mesmo que aprendessem a andar, sentem mais facilidade em escrever, são mais criativas e tem uma ótima capacidade em interpretar e produzir textos. Sem falar na escrita que, sem dúvida, contém menos erros de ortografia, se comparada à de alunos que não leem.
O segredo para se formar leitores é lendo. Através deste ato poderemos despertar nos pequenos a curiosidade de querer conhecer mais outras e outras histórias, outras obras, e depois de conquistado não terá mais volta. Teremos, enfim, um leitor que lê, não por obrigação mas, felizmente, por prazer.

Ler e prazer


Nietzsche estava certo: “De manhã cedo, quando o dia nasce, quando tudo está nascendo – ler um livro é simplesmente algo depravado...” É o que sinto ao andar pelas manhãs pelos maravilhosos caminhos da Fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas. Procuro esquecer-me de tudo que li nos livros. É preciso que a cabeça esteja vazia de pensamentos para que os olhos possam ver. Aprendi isso lendo Alberto Caeeiro, especialista inigualável na difícil arte de ver. Dizia ele que “pensar é estar doente dos olhos...”  Mas meus esforços são frustrados. As coisas que vejo são como o beijo do príncipe: elas vão acordando os poemas que aprendi de cor e que agora estão adormecidos na minha memória. Assim, ao não pensar da visão une-se o não pensar da poesia. E penso que o meu mundo seria muito pobre se em mim não estivessem os livros que li e amei. Pois, se não sabem, somente as coisas amadas são guardadas na memória poética, lugar da beleza. “Aquilo que a memória amou fica eterno”,  tal como o disse a Adélia Prado, amiga querida. Os livros que amo não me deixam. Caminham comigo. Há os livros que moram na cabeça e vão se desgastando com o tempo. Esses, eu deixo em casa. Mas há os livros que moram no corpo. Esses são eternamente jovens. Como no amor, uma vez não chega. De novo, de novo, de novo...
Um amigo me telefonou. Tinha uma casa em Cabo Frio. Convidou-me. Gostei. Mas meu sorriso entortou quando ele disse: “Vão também cinco adolescentes...” Adolescentes podem ser uma alegria. Mas podem ser também uma perturbação para o espírito. Assim, resolvi tomar minhas providências. Comprei uma arma de amansar adolescentes. Um livro. Uma versão condensada da Odisséia, as fantásticas viagens de Ulisses de volta à casa, por mares traiçoeiros...
Primeiro dia: praia; almoço; sono. Lá pelas cinco os dorminhocos acordaram, sem ter o que fazer. E antes que tivessem idéias próprias eu tomei a iniciativa. Com voz autoritária dirigi-me a eles, ainda sob o efeito do torpor: “Ei, vocês... Venham cá na sala. Quero lhes mostrar uma coisa...” Não consultei as bases. Teria sido terrível. Uma decisão democrática das bases optaria por ligar a televisão. Claro. Como poderiam decidir por uma coisa que ignoravam? Peguei o livro e comecei a leitura. Ao espanto inicial seguiu-se silêncio e  atenção. Vi, pelos seus olhos, que já estavam sob o domínio do encantamento. Daí para frente foi uma coisa só. Não me deixavam. Por onde quer que eu fosse, lá vinham eles com a Odisséia na mão, pedindo que eu lesse mais. Nem na praia me deram descanso.
Essa experiência me fez pensar que deve haver algo errado na afirmação que sempre se repete de que os adolescentes não gostam da leitura. Sei que, como regra, não gostam de ler. O que não é a mesma coisa que não gostar da leitura. Lembro-me da escola primária que freqüentei. Havia uma aula de leitura. Era a aula que mais amávamos. A professora lia para que nós ouvíssemos. Leu todo o Monteiro Lobato. E leu aqueles livros que se lia naqueles tempos: Heidi, Poliana, A ilha do tesouro. Quando a aula terminava era a tristeza. Mas o bom mesmo é que não havia provas ou avaliações. Era prazer puro. E estava certo. Porque esse é o objetivo da literatura: prazer. O que os exames vestibulares tentam fazer é transformar a literatura em informações que podem ser armazenadas na cabeça. Mas o lugar da literatura não é a cabeça: é o coração. A literatura é feita com as palavras que desejam morar no corpo. Somente assim ela provoca as transformações alquímicas que deseja realizar. Se não concordam, que leiam Guimarães Rosa que dizia que literatura é feitiçaria que se faz o sangue do coração humano.

Quando minha filha estava sendo introduzida na literatura o professor lhes deu como dever de casa ler e fichar um livro chatíssimo. Sofrimento dos adolescentes, sofrimento para os pais. A pura visão do livro provocava uma preguiça imensa, aquela preguiça que Barthes declarou ser essencial à experiência escolar. Escrevi carta delicada ao professor lembrando-lhe que Borges havia declarado que não havia razão para se ler um livro que não dá prazer quando há milhares de livros que dão prazer. Sugeri-lhe começar por algo mais próximo da condição emotiva dos jovens. Ele me respondeu com o discurso de esquerda, que sempre teve medo do prazer: “ O meu objetivo é produzir a consciência crítica...” Quando eu li isso percebi que não havia esperança. O professor não sabia o essencial. Não sabia que literatura não é para produzir consciência crítica. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta, ou são de vida longa e tediosa... Parodiando as palavras de Jesus “nem só de beijos e transas viverá o amor mas de toda palavra que sai das mãos dos escritores...”

E foi em meio a essas meditações que, sem que eu o esperasse, foi-me revelado o segredo da leitura... Mas o espaço acabou... O jeito é deixar para o próximo mês...
Crônica de Rubem Alves.